Percepção de risco na segurança do trabalho
No ambiente de trabalho devemos ficar atentos aos riscos existentes e nossa percepção de risco.
Para isso, a percepção de risco, ou seja, a capacidade que temos de enxergar os perigos diversos, deve ser sempre aprimorada.
Quando se trata de segurança no trabalho e área industrial, o lugar comum, a famosa zona de conforto, precisa ser ultrapassada, pois nosso objetivo é zero acidente.
A percepção de risco é nossa habilidade de identificar quaisquer riscos que estivermos expostos, dos mais simples e evidentes, bem como os mais complexos e ocultos.
Essa percepção vai muito além do trabalho que efetivamente será executado.
Ela abrange todo o entorno do serviço, bem como, as equipes inseridas no local e como essa afetará o nosso trabalho.
É avaliar todas as possibilidades que algo inesperado possa acontecer e agir em conformidade com o comportamento seguro.
Resumidamente, podemos dizer que estar atento às diversas possibilidades no ambiente de trabalho quanto aos riscos, é estar consciente. É estar ciente do que pode acontecer de ruim e agir de forma a eliminar os riscos.
O que é Comportamento seguro
Comportamento seguro, são pequenas ações e medidas que tomamos no dia a dia, afim de, diante dos riscos, tomarmos iniciativas positivas e preventivas para evitar o indesejado: o incidente ou o acidente, por exemplo.
Assim, o comportamento seguro aprimora a percepção de risco. Pois quando apostamos em comportamento seguro, já não nos submetemos aos atos que podem comprometer nossa integridade física. Por consequência, temos um ambiente de trabalho que tende a favorecer a segurança.
Dessa forma, quando apostamos em campanhas, DDS, treinamentos, estamos apoiando o comportamento seguro e aprimorando a nossa percepção de risco.
Pois de nada adianta perceber o perigo e não tomarmos iniciativa pra minimizar, eliminar, de alguma forma para tornar o ambiente de trabalho seguro.
O que pode comprometer a percepção de risco e o comportamento seguro?
São vários os fatores que podem comprometer o ambiente de trabalho e torná-lo inseguro.
- Ambiente de trabalho desorganizado;
- Falta de treinamento;
- Desatenção no momento do DDS;
- Ferramentas inapropriadas;
- Pouco envolvimento da gestão quanto ao assunto segurança no trabalho;
- Atenção para fora do ambiente de trabalho;
- Problemas de saúde;
- Resolução de problemas usando paliativos;
- Pressa;
- Falta de cuidado;
- Falta de orientação, entre outras.
Mas acima de tudo, a falta de comprometimento com a cultura de segurança é o que mais pesa negativamente.
Sem o envolvimento de toda equipe, a cultura de segurança se torna frágil.
O que devemos fazer para aprimorar a percepção de risco?
Por outro lado, se investirmos em campanhas, treinamentos, e no engajamento da equipe, muito facilmente estaremos criando um ambiente seguro.
É importante compreender também o papel da segurança do trabalho. A segurança do trabalho por si só não promove o ambiente seguro.
O verdadeiro papel do TST, é na verdade, dar suporte para que as ações planejadas se deem de acordo com a normatização.
É também responsável por auditar internamente toda documentação de segurança exigida, afim de garantir que todos compreenderam a necessidade de tais documentos e seu correto preenchimento.
Afinal, quem é responsável pela segurança no ambiente de trabalho? Acreditamos que a resposta seja: todos! Sem exceção. Encarregados, montadores, a segurança do trabalho, o administrador, a empresa num todo é que são responsáveis pela segurança.
Esse é um assunto que se faz de forma colaborativa. De forma igual, todos somos responsáveis uns pelos outros. E pensar assim, assumindo responsabilidades, é que fazemos segurança, e muito mais! Criamos um ambiente saudável e bom de conviver.
O que devemos fazer quanto ao desvio de segurança e ato inseguro?
Nossa preocupação quanto a cultura de segurança é tratar o quanto antes todos os atos inseguros e qualquer desvio.
Precisamos em seguida, identificar possíveis falhas nos procedimentos e treinamentos, e assim, partirmos para os encaminhamentos de plano de ação de acordo com o examinado.
É importante também, trazer para “roda de conversa” todos os riscos da atividade, seja através de campanhas, DDS, treinamentos etc. Precisamos compreender que a análise de risco seja reavaliada a cada mudança do ambiente. A cada alteração da realidade precisamos reavaliar de forma consciente e coletivamente, ou seja, que todos os envolvidos na atividade sejam participativos.
Uma prática que temos aqui na Montand é trazer exemplo real seja por fotos e imagens diversas, material em PDF, que tenham ligação direta com a segurança e a melhoria continua da percepção de risco. Esse material pode compor um DDS, ou mesmo uma apresentação especial ou virar uma exemplo nos treinamentos.
Pois acreditamos que os exemplos do dia a dia favorecem nossa cultura de segurança.
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