Classificação de Incêndio e a forma correta de Combater

Um incêndio é considerado quando há uma combustão rápida e violenta, em um local não desejado, que gera calor, tendo ou não a presença de luz e fumaça. A combustão é uma reação química entre um combustível (como madeira, papel, gasolina) e um comburente (como o oxigênio do ar). Para que haja um incêndio, é preciso que haja uma fonte de ignição (como uma faísca, uma chama ou uma temperatura elevada) que inicie a reação.

Existem diferentes classes de incêndio, de acordo com o tipo de material que está pegando fogo e a fase que ele se encontra. A NFPA – Associação Nacional de Proteção a Incêndios/EUA elaborou os estudos de cada classe, sendo adotada pela ABNT e pelo Corpo de Bombeiros no Brasil. Elas foram divididas em 5: Classe A, Classe B, Classe C, Classe D e Classe K.

O Brasil já presenciou vários incêndios trágicos ao longo da sua história, que causaram muitas mortes e danos materiais. Alguns dos principais acidentes com incêndios no Brasil foram:

  • Gran Circo Norte Americano – Dezembro de 1961: Um ato criminoso causou o incêndio na lona do circo em Niterói/RJ, matando 503 pessoas e ferindo mais de 8004.
  • Edifício Joelma – Fevereiro de 1974: Um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado provocou o fogo no prédio em São Paulo/SP, matando 191 pessoas e ferindo mais de 3004.
  • Boate Kiss – Janeiro de 2013: Um sinalizador usado por uma banda durante um show na boate em Santa Maria/RS iniciou o incêndio na espuma acústica do teto, matando 242 pessoas e ferindo mais de 6004.

A classificação de incêndio é importante para a segurança na hora de efetivar o combate e eliminação do fogo. Saber identificar a categoria correta de um incêndio pode ser a diferença entre uma resposta eficaz e uma situação descontrolada. Neste guia, vamos explorar de forma clara e concisa as principais classes de incêndio e as estratégias recomendadas para combatê-las de maneira eficiente.

Outro fator importante no combate a incêndio é a identificação correta de cada edificação quanto a placas e sinalização de segurança.

Classe A – Incêndios em Materiais Sólidos Comuns:

A Classe A abrange incêndios em materiais sólidos, como madeira, papel, tecido e plástico. Para extinguir efetivamente esse tipo de incêndio, o uso de água ou agentes extintores à base de água é altamente recomendado. Um exemplo prático seria o combate a um incêndio em um escritório causado por uma lixeira em chamas.

Classe B – Incêndios em Líquidos Inflamáveis e Combustíveis:

Já a Classe B diz respeito aos incêndios em líquidos inflamáveis, como gasolina, óleo e graxa. Para combater esse tipo de incêndio, é importante utilizar agentes extintores que criem uma camada isolante sobre o líquido, como espuma, pó químico ou dióxido de carbono (CO²). Imagine um incêndio em uma garagem causado por um vazamento de gasolina – o uso adequado de espuma pode ser fundamental para controlar a situação com segurança.

Classe C – Incêndios em Equipamentos Elétricos Energizados:

Incêndios em equipamentos elétricos energizados, como painéis elétricos, cabos ou aparelhos eletrônicos, são classificados como Classe C. Nesse caso devemos utilizar agentes extintores que não conduzam eletricidade, como o dióxido de carbono (CO²) ou pó químico, para evitar riscos adicionais. Por exemplo, se um incêndio ocorrer em uma sala de servidores devido a um curto-circuito, o uso de CO² pode prevenir danos maiores e proteger contra choques elétricos.

Classe D – Incêndios em Metais Combustíveis:

A Classe D inclui incêndios em metais combustíveis, como magnésio, titânio e sódio. A abordagem adequada para extinguir esse tipo de incêndio envolve o uso de agentes extintores especializados, como pó químico seco especial. Imagine uma fábrica metalúrgica onde um incêndio em um tanque de magnésio pode ser controlado com eficiência usando esse tipo de agente extintor específico.

Classe K – Incêndios em Materiais de Cozinha:

Por fim, a Classe K se refere a incêndios em materiais de cozinha, como óleos e gorduras de cozimento. A melhor estratégia para combater esses incêndios é o uso de agentes extintores especiais para gorduras, como espumas ou pulverizadores químicos. Imagine uma situação em uma cozinha industrial, onde um incêndio irrompe devido a um vazamento de óleo quente – a aplicação rápida de um agente extintor apropriado pode evitar danos graves e potencialmente salvar vidas.

Compreender a classificação de incêndio e as técnicas de combate apropriadas é crucial para garantir a segurança em diferentes ambientes. Ao estar ciente das classes e das medidas adequadas a serem tomadas, é possível manter um ambiente mais seguro e preparado para lidar com emergências. Lembrando sempre que, em situações de incêndio, é essencial seguir as orientações de segurança e chamar profissionais treinados sempre que necessário.

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